PU1 - TP3

    Este espaço tem como objetivo explorar as Regiões Administrativas de Sobradinho e Sobradinho II, com um olhar atento às suas configurações urbanas e aos processos de ocupação que as marcam. A proposta é oferecer uma visão detalhada sobre essas áreas, abordando aspectos históricos, sociais e territoriais que moldam o planejamento e o desenvolvimento urbano local. Além disso, dedicamos uma parte da análise à região das MANSÕES SOBRADINHO II, localizada em Sobradinho II. A partir de um estudo aprofundado, buscamos entender as particularidades dessa área, suas características espaciais e os desafios que ela enfrenta, incentivando uma reflexão sobre as possibilidades e os limites do crescimento urbano na região.
Histórico da ocupação urbana:







 Com base no mapa de evolução das ocupações de Sobradinho I e II, é possível observar que: - Sobradinho I, elaborado pelo urbanista Paulo Hungria Machado, apresentou uma ocupação mais organizada e gradual, com um crescimento distribuído ao longo do tempo, diferentemente da expansão acelerada observada em Sobradinho II. Teve sua ocupação iniciada na década de 1960 com um crescimento mais estruturado e organizado, com áreas definidas para residências, comércios e serviços.
- Já Sobradinho II passou por uma ocupação rápida, evidenciada pela semelhança nas cores representadas no mapa. Surgiu de forma mais espontânea a partir da década de 1980, como resposta ao rápido crescimento demográfico de sobradinho i. Inicialmente, a ocupação ocorreu de maneira irregular com crescimento acelerado e desordenado. Tornou-se uma região administrativa independente em 1991.



Políticas públicas, diretrizes urbanísticas e áreas de regularização:

Macrozoneamento Sobradinho e Sobradinho II:

Áreas de regularização:
    Tanto as áreas designadas como ARIS (Áreas de Regularização de Interesse Social) quanto as ARINE (Áreas de Regularização de Interesse Específico) demandam atenção especial no Distrito Federal devido a irregularidades em sua ocupação. A principal distinção entre elas reside no perfil da população e nos objetivos da regularização: as ARIS concentram-se na população de baixa renda e em questões de moradia social, enquanto as ARINE abrangem uma gama mais ampla de situações, incluindo aspectos econômicos e urbanísticos.     
Áreas de regularização (MI):
    Consequentemente, as estratégias de regularização também diferem: nas ARIS, há prioridade para a regularização fundiária com suporte social, enquanto nas ARINE, busca-se adequação às normas urbanísticas, com a possibilidade de investimentos privados para requalificação.
Diretrizes Urbanísticas Específicas (MA):

    DIUPEs (Diretrizes Urbanísticas Específicas) são documentos emitidos por órgãos de planejamento urbano para orientar e regular o parcelamento e uso do solo em áreas específicas, detalhando as regras de construção, ocupação, e infraestrutura, com base em leis e planos diretores.
Diretrizes Urbanísticas Específicas (MI):

    A DIUPE 09/2022 (Processo SEI: 0429-003867/2015), é uma diretriz urbanística específica emitida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEDUH) do Distrito Federal. Ele detalha as regras para o parcelamento de um terreno específico, com 2,06 hectares, localizado no Setor Habitacional Mansões Sobradinho, na Região Administrativa de Sobradinho II.
    A DIUPE é um instrumento orientador para projetos de parcelamento, servindo como um guia a ser seguido pelos interessados, nesse caso a Sociedade Sobradinho Empreendimentos Imobiliários LTDA. A diretriz é emitida com base em leis federais e distritais, como a Lei Federal nº 6.766/79 (Parcelamento do Solo Urbano), o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF (PDOT) e suas atualizações. Ela especifica as condições para o uso do solo, sistema viário, áreas públicas, densidade populacional e aspectos ambientais, alinhando-se com a Lei de Uso e Ocupação do Solo do DF (LUOS) e o Zoneamento Ecológico-Econômico do Distrito Federal (ZEE-DF).
    O terreno em questão está inserido em uma área de expansão urbana, classificada como Área de Regularização de Interesse Social (ARIS), com características predominantemente habitacionais. No entanto, a área também faz interferência com uma Subzona Industrial, o que exige atenção às atividades permitidas no local. Por estar localizada dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Planalto Central, o projeto também deve seguir as regras do Plano de Manejo da APA, além de considerar os riscos ecológicos mapeados pelo ZEE-DF, como erosão do solo e contaminação do subsolo.
    O documento estabelece que o sistema viário deve garantir a continuidade de vias, ciclovias e percursos para pedestres, além de integrar as vias existentes ao novo parcelamento. As vias devem ser públicas, com calçadas acessíveis e arborização. O uso do solo deve priorizar o uso residencial unifamiliar, com atividades comerciais e de serviços compatíveis. É estipulada a obrigatoriedade de destinar 15% da área para áreas públicas, incluindo equipamentos comunitários, urbanos e espaços livres de uso público, que devem ser integrados ao tecido urbano.
    As diretrizes ambientais detalham a necessidade de proteger a vegetação nativa, controlar a erosão, garantir a recarga do aquífero e evitar a contaminação do solo e das águas. O projeto deve seguir as diretrizes do Plano de Manejo da APA e considerar os riscos ecológicos para definir técnicas construtivas e de recuperação ambiental.
    Por fim, a DIUPE 09/2022 tem validade de 4 anos, e o projeto urbanístico do parcelamento deverá ser aprovado pelos órgãos competentes e pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (CONPLAN). O documento também ressalta que o licenciamento ambiental e estudos ambientais podem gerar novas restrições, complementando as diretrizes aqui apresentadas. 
 

    A DIUPE 05/2020 (Processo SEI: 00390-00001044/2020-44), é uma diretriz urbanística específica emitida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEDUH) do Distrito Federal. Ela estabelece as regras para o parcelamento de uma área de aproximadamente 3,2587 hectares, localizada na Área de Regularização de Interesse Social (ARIS) Mansões Sobradinho, na região administrativa de Sobradinho II. Esta diretriz anula a DIUPE 36/2016 e detalha a DIUR 08/2018, que define as diretrizes urbanísticas gerais para a região de Sobradinho e Grande Colorado.
    A DIUPE 05/2020 é resultado do trabalho de vários profissionais da SEDUH, incluindo assessores, coordenadores e o subsecretário de políticas e planejamento urbano. O documento é voltado para a empresa Aroldo Le eri Empreendimentos Imobiliários LTDA e a Norte Brasília Empreendimentos Imobiliários, que são as interessadas no parcelamento.
    A diretriz tem como objetivo orientar o processo de parcelamento do solo, em conformidade com a Lei Federal nº 6.766/79 e a Lei Complementar nº 803/09 (PDOT), e suas atualizações. Ela também incorpora as determinações da Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal (LUOS) e do Zoneamento Ecológico-Econômico do Distrito Federal (ZEE-DF). O documento estabelece diretrizes para o sistema viário, uso e ocupação do solo, áreas públicas, densidade populacional e aspectos ambientais.
    Em relação ao sistema viário, a DIUPE 05/2020 define que a área a ser parcelada deve ser integrada ao sistema viário da região através de Vias de Circulação de Vizinhança. É determinado que o traçado viário deve garantir a continuidade dos sistemas viário, cicloviário e de pedestres, com a implantação de mobiliário urbano e arborização. As vias são públicas e não podem ser obstruídas. A DIUPE também estabelece que o projeto deve considerar os projetos viários de glebas vizinhas.
    Quanto ao uso e ocupação do solo, a gleba está inserida em uma área classificada como ARIS e ARINE, com predominância do uso residencial unifamiliar, embora com permissões para outros usos compatíveis. Além disso, a área tem interferência com uma Área Econômica (Subzona Industrial 6), o que permite a instalação de atividades geradoras de trabalho e renda, com restrições. A DIUPE define parâmetros urbanísticos específicos, como coeficientes de aproveitamento, altura máxima e taxa de permeabilidade, para ambas as áreas.
    No que se refere aos aspectos ambientais, a gleba está inserida na Zona Ecológico-Econômica de Dinamização Produtiva com Equidade (ZEEDPE), onde as atividades devem ser compatíveis com a conservação ambiental. Além disso, a área está dentro da APA do Planalto Central, com restrições de ocupação e altura. Um dos principais pontos de atenção é o risco muito alto de perda de solo por erosão, que demanda a implantação de medidas de contenção e recuperação.
    A DIUPE 05/2020 estabelece uma densidade populacional média para a área, com população máxima de 487 habitantes, e determina que 15% da área deve ser destinada a áreas públicas, incluindo equipamentos comunitários, urbanos e espaços livres de uso público (ELUP). A diretriz também estabelece que os ELUP devem ser espaços de lazer e recreação qualificados, com acesso à população e integração ao tecido urbano.
    Este documento tem validade de 4 anos e seus arquivos georreferenciados serão disponibilizados no Sistema de Informações Territoriais e Urbanas do Distrito Federal (SITURB) e no Geoportal. Ele serve como um guia para os empreendedores e para os órgãos de análise e aprovação do projeto de parcelamento, visando um desenvolvimento urbano planejado e sustentável na região de Sobradinho.


Uso e Ocupação do Solo:
    O mapa do  evidencia que o Setor de Mansões de Sobradinho II é predominantemente residencial, alguns com um padrão misto de uso, onde muitas residências também funcionam como estabelecimentos comerciais. A área comercial mais concentrada está localizada acima da rodovia DF-420, onde há lojas, restaurantes, oficinas mecânicas e um hotel. Além disso, o setor conta com duas igrejas e uma subestação de energia elétrica da CEB (Companhia Energética de Brasília). No entanto, não há instituições de educação ou saúde presentes nessa área.

Mobilidade: sistema viário, políticas de transporte e transporte público:










    No Setor de Mansões de Sobradinho II, a mobilidade apresenta algumas limitações. A área conta com 7 pontos de ônibus, apesar disso, poucos ônibus vindos do Plano Piloto entram diretamente no setor, limitando a acessibilidade para os moradores que dependem do transporte público. As ruas internas são asfaltadas e possuem meio-fio, garantindo certa estrutura viária. Está localizada próxima às rodovias DF-150 e DF-420, facilitando a conexão com outras regiões. No entanto, o setor não possui sistema cicloviário nem acesso ao metrô.






      Moradia: Demandas e déficit:





    O déficit habitacional nas Regiões Administrativas (RAs) de Sobradinho | e II é consequência de um crescimento populacional desordenado e da falta de planejamento urbano adequado. A expansão dessas áreas ocorreu de maneira acelerada, sem políticas públicas eficazes para acompanhar o aumento da população, resultando em um grande número de famílias em situação de vulnerabilidade habitacional. Muitas dessas famílias vivem em condições precárias, sem acesso a infraestrutura básica como água potável, saneamento e pavimentação, o que evidencia a carência de moradias adequadas, especialmente para as classes de baixa renda.
    A demanda por moradia em Sobradinho tem crescido significativamente nos últimos anos, impulsionada pela migração de pessoas em busca de melhores condições de vida. Segundo dados do IPEA, a população de Sobradinho aumentou em cerca de 30% na última década, o que gerou uma pressão sobre a oferta de imóveis e terrenos. Como resultado, muitas famílias acabam ocupando áreas irregulares, o que agrava ainda mais o problema do déficit habitacional.
    A falta de políticas públicas adequadas tem dificultado o acesso dessas famílias ao mercado 
formal de imóveis, forçando-as a viver em áreas sem regularização fundiária.
    Programas habitacionais como o "Minha Casa Minha Vida" buscaram reduzir o déficit habitacional, mas muitos moradores de Sobradinho não atendem aos critérios exigidos, o que limita o alcance dessas iniciativas. Segundo a Secretaria de Habitação do Distrito Federal, o número de moradias populares construídas na região ainda não é suficiente para suprir a demanda crescente. Esse quadro tem levado a uma proliferação de ocupações irregulares, onde a infraestrutura básica é escassa, o que agrava as condições de vida da população mais carente. 
    Além das questões habitacionais, a infraestrutura de Sobradinho também enfrenta sérios desafios. A falta de transporte público eficiente, unidades de saúde e escolas adequadas para atender ao crescimento da população dificulta ainda mais a qualidade de vida da comunidade. A Secretaria de Saúde destaca que a região carece de mais unidades de saúde e a Terracap aponta que apenas 10% das áreas irregulares haviam sido regularizadas até 2021. Para resolver esses problemas, é fundamental acelerar a implementação de programas de regularização fundiária e melhorar a infraestrutura básica, garantindo moradia de qualidade e acesso aos serviços essenciais para a população local.





Habitantes por KM:

Moradia - ARIS:



    O Setor de Mansões em Sobradinho II é uma área não regularizada que tem registrado uma crescente demanda por moradia, especialmente entre famílias de baixa e média renda. Inicialmente planejado para residências de maior porte e com lotes amplos, o setor acabou sendo ocupado por pessoas que buscam moradia mais acessível. A falta de planejamento urbano e a ausência de regularização fundiária geraram uma expansão desordenada, com muitas casas construídas sem infraestrutura adequada, como esgoto, pavimentação e abastecimento de água, o que agrava as condições de vida dos moradores. 
    A migração para a região tem sido impulsionada pelo alto custo de vida nas áreas mais centrais do Distrito Federal, o que faz com que muitas famílias busquem alternativas mais baratas, como o Setor de Mansões. No entanto, essa alta demanda e a escassez de moradias regulares resultaram em ocupações irregulares, dificultando o acesso da população a programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida e o Casa Verde e Amarela, que exigem a regularização do terreno e da moradia para garantir os benefícios. A insegurança jurídica também é um problema significativo, pois muitas famílias não têm a certeza da posse de suas propriedades e enfrentam dificuldades para obter crédito ou realizar melhorias em seus imóveis.
    A falta de regularização fundiária no Setor de Mansões impede que os moradores acessem serviços básicos e compromete a qualidade de vida na região. Para resolver esse problema, é urgente que o poder público acelere o processo de regularização e implemente políticas habitacionais inclusivas. Isso permitirá que as famílias possam usufruir de moradias dignas e tenham acesso a infraestrutura essencial, como saneamento, saúde e educação. Sem essas ações, a situação tende a piorar, agravando o déficit habitacional e as condições de vida na região.


Infraestruturas urbanas:

Rede de abastecimento (CAESB):

Fonte: PDAD 2021
Rede Elétrica (CEB):
Fonte: PDAD 2021
Esgotamento (CAESB):

Fonte: PDAD 2021
Drenagem:
    A área em questão possui um número extremamente reduzido de bocas de lobo, inadequado para a extensão de ambos os Sobradinhos.




Gráficos de Infraestrutura com dados do PDAD 2021:


Coleta de resíduos:

Qualidade das calçadas:
Qualidade das ruas e prejuízos urbanos:



Ecologias: unidades de conservação e aspectos geomorfológicos.
Área de interesse ambiental:

    A Portaria nº 89-N, de 15 de outubro de 1999, reconhece, por meio de registro, a área de 126 hectares da Fazenda Recreio Mugy Ltda, situada no Distrito Federal, como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com o nome de Santuário Ecológico Sonhem. Este reconhecimento visa à preservação ambiental da área em caráter permanente, sendo de interesse público e com a responsabilidade de manutenção da integridade do ecossistema local. 
    O proprietário da área, Fazenda Recreio Mugy Ltda, deve cumprir as exigências do Decreto nº 1.922/1996, especialmente o artigo 8º, que trata da averbação do Termo de Compromisso no registro de imóveis competente e sua devida publicidade. Além disso, atividades que causem danos à área protegida poderão resultar em sanções administrativas, sem prejuízo de responsabilidade civil e penal. A portaria entra em vigor na data de sua publicação. 
Conector ambiental:

         Conectores ambientais são áreas ou elementos naturais que facilitam a conexão entre diferentes fragmentos de ecossistemas, promovendo a continuidade dos habitats e permitindo o fluxo de espécies entre esses espaços. Eles são essenciais para a manutenção da biodiversidade, permitindo que animais e plantas se desloquem entre áreas fragmentadas, ajudando na sobrevivência de espécies que necessitam de grandes territórios ou possuem populações pequenas e isoladas.     No mapa da região de Sobradinho, é possível observar um conector ambiental que se origina do sudoeste de Sobradinho I e se estende em direção a Sobradinho II. Esse conector ambiental é fundamental para a interligação de fragmentos ecológicos na área, promovendo o fluxo de fauna e flora entre essas duas regiões e ajudando a mitigar os impactos da fragmentação do habitat. A presença desse conector facilita a movimentação de diversas espécies, contribuindo para a conservação dos ecossistemas locais e garantindo a perpetuação da biodiversidade na área. 

Mapa IBRAM:

    As Unidades de Conservação (UCs) de Gestão IBRAM são áreas protegidas no Distrito Federal que possuem o gerenciamento realizado pelo Instituto Brasília Ambiental (IBRAM). O IBRAM é o órgão responsável pela gestão do meio ambiente no Distrito Federal e atua na criação, implementação e administração das UCs, com o objetivo de preservar a biodiversidade, os ecossistemas e os recursos naturais dessa região.
    As UCs são classificadas em diferentes categorias, de acordo com o grau de proteção e o uso permitido, sendo reguladas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que abrange tanto unidades de proteção integral quanto unidades de uso sustentável. 

    -     ETEPS: Estações Ecológicas de Proteção. Essas unidades são áreas 
protegidas com o objetivo de preservar ecossistemas e realizar pesquisas científicas. 
    -    As Unidades de Conservação de Proteção Integral da IBRAM são áreas que visam a proteção total da natureza, com restrições severas ao uso dos recursos naturais.
    -    As Unidades de Conservação de Uso Sustentável sob gestão do IBRAM são áreas protegidas onde é permitido o uso sustentável dos recursos naturais.
Cobertura do solo (2019):
Mapa hidrográfico:



 Economia, produção e emprego:




    O relatório socioeconômico de Sobradinho l e Il oferece uma análise detalhada sobre a economia das duas regiões administrativas, abordando aspectos como mercado de trabalho, formalização do emprego, distribuição de renda e setores econômicos predominantes. Esses dados revelam uma economia em transformação, com desafios expressivos e avanços notáveis.
    A População Economicamente Ativa (PEA) em Sobradinho l e II compõe uma parcela significativa das respectivas populações, com aproximadamente 60% dos moradores acima de 14 anos inseridos no mercado de trabalho. Apesar disso, a taxa de desocupação média nas duas regiões é de 12%, refletindo uma preocupação com a inserção de trabalhadores, principalmente jovens, no mercado formal. Entre os jovens de 18 a 29 anos, cerca de 30% se encontram na condição de "nem-nem", ressaltando a necessidade de políticas públicas para a capacitação profissional e incentivo à educação.
    Sobradinho I e II possuem um cenário econômico diversificado, sendo os setores de Comércio e Serviços os mais representativos, responsáveis por aproximadamente 70% das atividades econômicas locais. A formalização do emprego também é um aspecto positivo, com mais de 85% dos trabalhadores do setor privado possuindo carteira assinada. Em relação ao empreendedorismo, 35% dos empreendedores atuam como microempreendedores individuais (MEls), e 40% possuem CNPJ, indicando um ambiente empresarial dinâmico e em expansão.
    A renda média dos trabalhadores em Sobradinho l é estimada em R$ 3.200, enquanto em Sobradinho II é ligeiramente menor, em torno de R$ 2.900. No entanto, os índices de Gini para renda domiciliar e renda per capita, de 0,51 e 0,53, respectivamente, apontam para desigualdades significativas na distribuição de renda. A renda média domiciliar nas duas regiões é de aproximadamente R$ 6.500, com variações internas entre setores mais favorecidos e áreas de maior vulnerabilidade.
    O crescimento econômico local é impulsionado pelo setor de Serviços, com destaque para o comércio varejista, educação e saúde privadas. Pequenas e médias empresas desempenham um papel fundamental no fortalecimento da economia regional. Já a construção civil teve um impacto moderado, especialmente em Sobradinho II, onde novos empreendimentos residenciais e comerciais têm gerado empregos e dinamizado a economia.
    Apesar desses avanços, as regiões enfrentam desafios, como o desemprego juvenil e a necessidade de maior diversificação econômica. A criação de políticas públicas voltadas para capacitação, estímulo ao empreendedorismo e melhorias na educação são fundamentais para promover o desenvolvimento sustentável de Sobradinho l e ll.















ECONOMIA- ARIS



    A economia na área sorteada é baseada majoritariamente no uso misto, onde nas residências é reservado também uma área para vendas.









EQUIPAMENTOS URBANOS-
EDUCAÇÃO E SAÚDE

Educação (MA):




     Em 2021, Sobradinho | e Sobradinho II demonstraram bons indicadores educacionais, com destaque para a alfabetização e a frequência escolar. Em Sobradinho 1, 96% da população com cinco anos ou mais sabe ler e escrever. Da mesma forma, Sobradinho II apresenta uma taxa de alfabetização alta, com 94,3% dos habitantes dessa faixa etária sendo alfabetizados. Esses números refletem um avanço importante no nível educacional dessas regiões. Quanto à frequência escolar, Sobradinho l apresenta uma forte presença de jovens em idade escolar, com 49,4% frequentando escolas públicas e 27,3% em escolas particulares. Sobradinho II, por sua vez, apresenta 54,7% da população entre 4 e 24 anos matriculada em instituições públicas, com 18,6% em escolas privadas.
     As modalidades de ensino nas duas regiões seguem padrões semelhantes. A maior parte dos estudantes em ambas as regiões frequenta escolas presenciais, com 96,9% das crianças da educação infantil e 91,3% dos alunos do ensino fundamental em Sobradinho l e 83,8% dos estudantes do ensino médio também no ensino presencial. A educação a distância, embora presente, representa uma parcela menor da educação nas duas regiões. Sobradinho l apresenta um número significativo de estudantes, como no ensino fundamental (83,8%) e médio (74,3%), com a educação híbrida ou semipresencial sendo menos comum. 
    Em relação ao deslocamento até as unidades de ensino, a situação é bastante semelhante nas duas regiões. Em Sobradinho I, o meio de transporte mais utilizado é o ônibus, com 31,4% dos estudantes usando esse meio para chegar à escola, seguido pelo automóvel (25,2%). Já em    Sobradinho II, o ônibus também é o principal meio de transporte, com 30,9% dos estudantes, seguido pelo automóvel (36,2%). Nos dois casos, uma parte considerável dos alunos também vai a pé para as escolas, o que sugere um bom acesso às instituições educacionais locais. 
    Quanto à escolaridade da população adulta, Sobradinho l e Il apresentam dados semelhantes, com uma parcela significativa dos habitantes com 25 anos ou mais tendo completado o ensino médio ou superior. Em Sobradinho 1, 40,5% têm ensino médio completo e 26,3% têm ensino superior. Já em Sobradinho II, 36,5% têm ensino superior completo, e 32% completaram o ensino médio. Em ambas as regiões, no entanto, ainda existem desafios em relação a uma parte da população com escolaridade insuficiente, com números representativos de pessoas sem escolaridade ou com o ensino fundamental incompleto. Esses dados indicam que, apesar de grandes avanços, ainda existem desafios a serem enfrentados para garantir o acesso e a permanência de todos os estudantes na educação básica e superior.






Educação:

 
    A área sorteada possui locais institucionais, porém nenhum deles são escolas. As marcações de áreas institucionais são locais de igrejas e centros de energia.





Saúde: 



    Sobradinho e Il possuem uma população maioritariamente saudável, com índices elevados de funcionalidade. Em Sobradinho 1, 78,5% dos moradores não enfrentam dificuldades para enxergar, enquanto em Sobradinho II esse índice é de 92,7%. Além disso, mais de 94% dos moradores de ambas as regiões não relatam limitações auditivas, motoras ou mentais, refletindo boas condições gerais de saúde. 
    No acesso a planos de saúde privados, há uma diferença marcante. Em Sobradinho I, 38% dos moradores possuem cobertura privada, enquanto em Sobradinho II esse índice cai para apenas 17,8%. A maioria dos planos em Sobradinho | são individuais ou familiares, enquanto em Sobradinho II predominam os coletivos empresariais, destacando uma maior dependência do sistema público nesta região.
     A utilização das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) é significativa, com 53,4% dos moradores de Sobradinho l e 66% de Sobradinho II usando esse serviço na última necessidade. Vacinação foi o principal motivo de atendimento, com maior destaque em Sobradinho II (54,7%) do que em Sobradinho l (30,5%). Grande parte dos atendimentos ocorreu dentro das respectivas regiões, embora Sobradinho II demonstre maior vulnerabilidade na infraestrutura disponível.
     Os desafios incluem ampliar e modernizar as UBSs, reduzir a sobrecarga do sistema público e aumentar o acesso a planos de saúde privados. Campanhas de prevenção, melhoria na infraestrutura de saúde e políticas de inclusão são essenciais para equilibrar o acesso ao atendimento e promover melhores condições de vida em ambas as regiões.












Cultura:


    
Em sobradinho I foram localizados alguns locais com funções culturais, como ginásios, clubes, biblioteca, teatro, estádio e um espaço cultural; Já em sobradinho II só foram localizadas algumas igrejas de bairro e um ginásio.




Segurança:


    Sobradinho I e II, no Distrito Federal, enfrentam desafios significativos em relação à segurança pública, decorrentes do acelerado crescimento populacional e da desigualdade social. A urbanização rápida resultou em problemas como a falta de infraestrutura adequada e serviços públicos insuficientes, criando um ambiente propício para a criminalidade, incluindo furtos e roubos. A combinação destes fatores impacta a qualidade de vida dos moradores e a sensação de segurança na comunidade.
    As forças de segurança, como a Polícia Militar e a Polícia Civil, desempenham um papel essencial na proteção da população, realizando patrulhamentos e operações de prevenção. Contudo, a eficácia dessas ações é frequentemente comprometida pela falta de recursos e pela necessidade de construir uma relação de confiança entre as autoridades e a comunidade. Essa confiança é crucial para a identificação e resolução efetiva de problemas de segurança.
    Em resposta aos desafios, surgem iniciativas de segurança comunitárias, como conselhos de segurança que reúnem cidadãos, comerciantes e representantes das forças policiais. Além disso, programas educacionais e campanhas de conscientização têm sido implementados, visando promover a cultura de paz e a prevenção do crime. Essas ações ajudam a envolver a comunidade na busca por soluções para os problemas locais.
    Para melhorar a segurança em Sobradinho I e II, é fundamental integrar serviços públicos, aumentar o policiamento comunitário e investir em infraestrutura. Essas estratégias não apenas abordam as causas subjacentes da criminalidade, mas também criam um ambiente mais seguro e acolhedor. A colaboração mútua entre a população e as autoridades é vital para construir uma comunidade mais harmoniosa e segura para todos os moradores. 



Sociedade organizada e resistências:



Proposta inicial:



Na nossa proposta para a área, optamos por utilizar um espaço que estava disponível. Considerando as maiores carências identificadas na região, planejamos a instalação de um posto de saúde no extremo norte e de uma escola pública no extremo sul, atendendo às necessidades de saúde e educação da comunidade. O restante do espaço foi destinado ao comércio, buscando suprir a falta de um centro comercial robusto na área e promover maior acesso a serviços e conveniências para os moradores. Essa distribuição reflete as demandas prioritárias da região e busca melhorar a qualidade de vida local.




Estudo final (TP5):























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